A 15ª edição da Exposição Colecção Crescente, iniciativa da Kulungwana – Associação para o Desenvolvimento Cultural, abriu oficialmente ontem com a consagração dos vencedores dos Prémios Hollard Futuros Melhores 2025 para Artistas, um dos poucos reconhecimentos consistentes do talento emergente moçambicano na área das artes plásticas.
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De entre cerca de 100 jovens artistas, que apresentaram mais de 300 obras a concurso, o júri distinguiu Zerito Pedrito Sabão Pita (Zerito Sabão), Medgiss Ananias Mutombene (Medgiss Mutombene) e Carmen Maria Muianga como os vencedores da edição deste ano. Pinto Zulu e Yassmin Santos Forte receberam menções honrosas pelo mérito dos seus trabalhos.
A Hollard Moçambique, entidade patrona da exposição pelo sétimo ano consecutivo, aproveitou a ocasião para sublinhar o papel central da arte na construção de uma identidade colectiva, num país onde os desafios sociais e económicos tantas vezes relegam a cultura para um plano secundário. “A vossa dedicação, originalidade e visão artística não são apenas inspiradoras, são essenciais para a narrativa cultural de Moçambique”, sublinhou a seguradora em mensagem dirigida aos artistas.
Sob o tema “Tempo”, a mostra propõe uma reflexão sobre as memórias do passado, as inquietações do presente e as possibilidades de futuro, oferecendo ao público interpretações audazes que dialogam com a complexidade da identidade moçambicana contemporânea.
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Os vencedores foram selecionados por um painel de jurados composto pela professora Alda Costa, Dana McFarlane (da White River Gallery) e a curadora Mieke Oldenburg, que, após uma nomeação inicial de dez artistas cada, deliberaram conjuntamente os premiados finais.
Desde a criação da plataforma, em 2019, a Hollard já reconheceu 12 jovens talentos com o prémio principal, e a Colecção Crescente tem vindo a afirmar-se como uma janela de visibilidade para uma geração de artistas que, fora de Maputo, enfrenta ainda sérias limitações de acesso a formação, exposição e mercado.
Num país em que a arte frequentemente sobrevive mais pela paixão dos criadores do que pelo suporte institucional, iniciativas como esta, embora louváveis, expõem também o vácuo de políticas públicas estruturantes para o sector cultural, deixando nas mãos de mecenas privados a árdua tarefa de preservar e projectar a criatividade nacional.
A 15ª Exposição Colecção Crescente está aberta ao público e promete, até ao seu encerramento, ser um espaço de encontro entre a arte, o tempo e a esperança.
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