A decisão do governo de prorrogar a isenção do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) até dezembro de 2025 para produtos como óleo, açúcar, sabão e matérias-primas tem gerado controvérsias. Economistas apontam que a medida pode não produzir os efeitos desejados, especialmente para as famílias de baixa renda.
Os economistas Michael Sambo e Egas Daniel questionam a real eficácia da prorrogação, destacando que os bens isentos não atendem directamente às necessidades mais urgentes das camadas mais vulneráveis na sociedade. Sambo, por exemplo, ressalta que as famílias mais pobres estão aflitas por alimentos essenciais como arroz, farinha e outros produtos básicos, que não foram contemplados na medida anunciada pelo Conselho de Ministros.
Daniel aponta o risco de que as empresas ao longo da cadeia de valor possam se apropriar do benefício da isenção, sem repassá-lo integralmente aos consumidores. Ele teme que a isenção de 16% seja uma oportunidade para que os produtores retenham parte do benefício, enquanto os comerciantes se apropriem de outra parcela, fazendo com que o valor não chegue efetivamente ao consumidor final.
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