O Centro de Integridade Pública (CIP) alerta que a Tmcel, operadora detida em 90% pelo Estado através do IGEPE, enfrenta uma crise financeira cada vez mais profunda, agravada pela elevada exposição a créditos considerados “irrecuperáveis”.
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Segundo a análise ao Relatório e Contas de 2024, mais de 80% do saldo registado na conta “Clientes” foi classificado como incobrável, situação que compromete a sustentabilidade da empresa e representa um risco fiscal significativo para o Estado.
Criada em Dezembro de 2018, a partir da fusão entre a Telecomunicações de Moçambique (TDM) e a Moçambique Celular (mcel), a Tmcel tinha como missão consolidar uma operadora nacional mais forte e competitiva. No entanto, seis anos após a sua constituição, os números mostram uma realidade oposta: entre 2019 e 2024, as imparidades de clientes dispararam de 1.383,6 milhões de meticais para 4.205,7 milhões de meticais, o que representa um agravamento médio anual de 470,3 milhões.
De acordo com o CIP, este crescimento não se deve apenas à fraca capacidade de cobrança, mas também à continuidade da prestação de serviços a clientes inadimplentes, sem mecanismos de restrição ou responsabilização eficazes.
A instituição alerta ainda que a constituição recorrente de imparidades corrói os resultados líquidos da Tmcel, reduz a sua capacidade de honrar compromissos financeiros e limita severamente o investimento, colocando em causa a viabilidade da empresa no médio prazo.
Perante este cenário, o CIP defende a necessidade urgente de a Tmcel adoptar mecanismos de cobrança mais rigorosos, incluindo a via legal e restrições operacionais, de forma a travar o crescimento da carteira de créditos incobráveis e salvaguardar a sua sustentabilidade.
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