Durante a sua visita de quatro dias à província de Manica, iniciada a 12 de Maio, o Presidente da República, Daniel Chapo, abordou um dos temas mais sensíveis e urgentes para o país: o desemprego entre os jovens.
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“As preocupações que nós temos aqui é emprego para as nossas juventudes. É emprego para os nossos jovens. É emprego para os nossos filhos. […]
Vamos continuar a construir centros de formação técnico-profissional para formar jovens a saberem fazer alguma coisa […] com uma profissão, uma das coisas que vai faltar é dinheiro.
Por isso aprovamos um Fundo de Desenvolvimento Económico Local que vai funcionar como funcionavam os 7 milhões.”
— Presidente Daniel Chapo, durante visita à província de Manica, região centro de Moçambique
O Presidente defendeu a criação de centros de formação profissional como porta de entrada para o auto-emprego, propondo ainda um novo fundo distrital para apoiar iniciativas jovens, inspirado na antiga política dos “7 milhões”.
Desafios, Dúvidas e Expectativas
Apesar da proposta parecer promissora, os cidadãos trazem à tona lições do passado e alertas para o futuro. A seguir, partilhamos algumas opiniões recolhidas em Chimoio, Vanduzi, Messica e outras localidades da província de Manica:
Pedro Mateus, taxista:
“Formação é boa, mas sem dinheiro não funciona. E se os fundos forem parar nas mãos dos camaradas? Precisamos de transparência.”
Maria António, vendedora:
“Faltou educação financeira no passado. Agora, com centros de formação, podemos melhorar a gestão desses fundos.”
Victor João, pescador:
“Nem todos vão entrar nesses centros. Precisamos também de formações curtas nos bairros — com criação de galinhas, peixe…”
Teresa Lázaro, camponesa:
“Se for bem gerido, teremos mais trabalho e menos conflitos. Mas queremos acesso à informação e inclusão.”
Rumo a um Novo Ciclo?
A proposta de Daniel Chapo, embora carregada de boas intenções, levanta questões estratégicas:
- Qual o critério de selecção dos beneficiários?
- Como evitar a repetição dos erros do passado?
- Haverá mecanismos de fiscalização comunitária para garantir transparência?
O povo de Manica está pronto para abraçar o desenvolvimento, mas não sem voz, vigilância e responsabilidade.
Conclusão
O emprego e o crédito não são apenas promessas políticas — são ferramentas para a dignidade.
A juventude de hoje exige mais do que esperança: exige resultados, equidade e oportunidade.
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