Presidente moçambicano visita Zona Económica de Luanda-Bengo e aponta caminhos para o desenvolvimento industrial em Moçambique
O Presidente Daniel Chapo enalteceu esta sexta-feira, em Luanda, a infraestrutura logística da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo, sublinhando a sua relevância como modelo regional de industrialização e integração produtiva. O estadista falava à imprensa após visitar a fábrica Embalvidro, uma das unidades de referência na zona industrial angolana.
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Na linha do discurso que tem vindo a consolidar desde a tomada de posse, Chapo voltou a priorizar a vertente económica sobre o simbolismo político. “Para quem quer importar e exportar a partir da ZEE, é fundamental a existência da logística”, disse, destacando a importância de uma cadeia integrada de vias rodoviárias, ferroviárias, portuárias e aeroportuárias. Em tom quase confessional, deixou escapar que a experiência angolana poderá servir de roteiro para as ambições industriais do seu governo.
Chapo ficou particularmente impressionado com a aposta angolana na juventude, apontando que a média de idade da força laboral da Embalvidro ronda os 35 anos. “Isto é fundamental para o futuro do país”, afirmou, talvez com um recado velado às elites económicas moçambicanas que continuam a negligenciar o potencial transformador da juventude no tecido produtivo.
A Embalvidro, inaugurada em 2019 com um investimento de 100 milhões de dólares, dos quais 60% de capitais próprios, opera com três linhas de produção e atinge uma capacidade diária de 700 mil garrafas. A unidade não só abastece gigantes como Heineken e NBL, como também exporta 80% da sua produção para países da SADC, incluindo Moçambique. Utiliza predominantemente matéria-prima local e aposta na reciclagem como eixo da sustentabilidade, elementos que não passaram despercebidos a Chapo.
No plano diplomático-económico, o Presidente reiterou que a visita visa reforçar a cooperação económica com Angola, “mais do que a cooperação política, que já é excelente”. Para Chapo, o novo ciclo que pretende imprimir nas relações com Luanda exige pragmatismo económico e sinergias produtivas. “Temos que aprimorar cada vez mais a cooperação económica”, declarou, sublinhando a circulação já existente de produtos entre os dois países.
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