O custo de vida na cidade de Quelimane continua a subir de forma alarmante, empurrando centenas de famílias para uma situação de crescente vulnerabilidade económica. Segundo dados recentemente divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no primeiro trimestre deste ano, os preços subiram em média 1,58%, com a categoria de alimentação e bebidas não alcoólicas a contribuir com 1,06 pontos percentuais, um sinal claro de que o prato do cidadão está cada vez mais vazio.
Nos mercados locais, o cenário é de angústia. Produtos de consumo básico registam aumentos drásticos, alguns sem justificação clara. A manteiga rama, por exemplo, era vendida a 80 meticais e hoje chega aos 180, um aumento que os vendedores atribuem à escassez, mas que os consumidores classificam como pura especulação. A embalagem de farinha Top Score, que custava 460 MT, agora ronda aos 550 MT. Por kg, o preço subiu para 85 MT.
O ovo, outrora acessível, passou de 220–230 MT para 260–270 MT por favo. A cebola, que custava entre 70 e 75 MT por kg, hoje é vendida a 80–100 MT, enquanto o tomate, essencial na dieta dos moçambicanos, disparou de 600 MT para 1250 MT por caixa.
O saco de batata reno subiu de 600 para 650 MT, o feijão manteiga recuou ligeiramente de 40 para 35 MT por lata de leite condensado.
Em contrapartida, algumas lojas registam ligeira redução nos preços dos produtos da primeira necessidade. O litro de óleo vegetal que custava 180 MT passou para 170 MT, e a embalagem de 2 litros que antes custava 350 MT, é comercializada a 320 MT. Mas a oscilação persiste, o óleo de 5 litros pode custar entre 600 e 750 MT, variando de estabelecimento. O arroz, dependendo da marca, varia entre 1190 a 1200 MT para sacos de 25 kg. Já o açúcar, que era vendido a 85 MT por kg, agora custa 90 MT a 95 MT, sendo que a embalagem de maior porte ronda aos 1650 MT.
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