Ainda estava em Moçambique – vivi nesse País, de 2009 a 2014 – quando me dei conta de um “fenómeno”, mais um que está na mão de amigos do poder, o da Frelimo, que é um dos maiores negócios que prospera em Moçambique, os chapas.
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Essa forma de transportar pessoas sem ser um serviço público, nada decente e pouco eficiente, além de constituir um perigo pela forma desordenada e sem regras que os seus condutores usam no dia-a-dia, está na mão de uma verdadeira máfia de interesses. Aliás, como outros tantos negócios que, em Moçambique, gravitam fora da esfera do controlo do Estado. E, por isso, há muita gente a enriquecer e outra a empobrecer alegremente…É um transporte sem condições de conforto e de segurança. Será possível? Quando é que se exige que o transporte público, em Moçambique, obedeça a normas comuns?
Escalpelizando: o que deixa ao Estado a exploração de chapas, na grande parte das Cidades moçambicanas? Quase nada. Apenas um resquício do que deveria ser uma boa fonte de receita para o mesmo Estado prover às despesas com a saúde, o ensino, a justiça e a segurança, pelo menos.
O Estado, nesse negócio obscuro, vai só buscar o imposto dos combustíveis – maioria dos casos é diesel – que as carrinhas afectas a esse serviço utilizam.
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Onde está esbatido o IVA na compra dos bilhetes que o utente tem de adquirir quando usa esse transporte? Não existe, até porque ninguém lhe passa o título de viagem, como em qualquer País que se preze…
Quem fica com todo o quinhão do preço de cada bilhete? Vai para quem? Para um grupo de gente que é do aparelho do arco da governação e que, depois, o reparte pelos que fazem parte dessa verdadeira máfia?
Este e outros aspectos da vida moçambicana nunca tiveram caminho. Andam à balda. Por isso, a coisa não funciona e o País, também não.
Quando se vai disciplinar o transporte público urbano? Há quem continue a prosperar à custa do risco de vida dos outros, à custa de explorar os outros, à custa de vender “gato por lebre”, à custa de fugir aos impostos enganando, com a conivência do Estado, o povo…vai sendo tempo de se pôr cobro a estes “Estados”, dentro do Estado que matam a economia da Nação, mas fazem “gente grande” os comilões do regime, o de Moçambique.
António Barreiros, jornalista
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