O Presidente da República, Daniel Chapo, endereçou esta segunda-feira uma mensagem de condolências à comunidade cristã e, em particular, aos fiéis católicos, na sequência da morte de Sua Santidade o Papa Francisco, a quem descreveu como “líder espiritual cuja vida foi marcada por um incansável compromisso com a paz, a justiça social e a fraternidade entre os povos”.
O Chefe de Estado afirmou que o momento é de “choque” e “dor partilhada”, sublinhando a dimensão universal do Papa Francisco e a marca profunda que deixa não apenas na Igreja Católica, mas no mundo. “Neste momento, com corações em choque, juntamo-nos ao mundo na despedida de um líder cuja luz brilhou intensamente, iluminando caminhos de fé e esperança”, lê-se na mensagem tornada pública pela Presidência da República.
Daniel Chapo destacou a humildade do Papa, a sua voz profética em defesa dos marginalizados e o seu papel como promotor do diálogo inter-religioso. “Sua Santidade, um pastor para todos, transcendeu as fronteiras da Igreja Católica, tocando a alma da humanidade com sua mensagem de amor a Deus e ao próximo. Sua voz, um verdadeiro clamor por justiça, ecoou em cada canto do planeta, inspirando a construção de pontes entre culturas e religiões”, declarou o estadista moçambicano.
A mensagem presidencial faz igualmente referência à visita apostólica de Francisco a Moçambique, em Setembro de 2019, num contexto particularmente delicado para o país, ainda em processo de reconstrução após os ciclones Idai e Kenneth, e perante a escalada de violência em Cabo Delgado. O Chefe de Estado recordou que “a sua presença foi um símbolo poderoso de esperança” e considerou que o seu discurso no Palácio da Ponta Vermelha, onde apelou à reconciliação nacional, permanece como um dos momentos mais marcantes da história recente de Moçambique.
Ao encerrar a sua nota de pesar, o Presidente Chapo expressou solidariedade aos católicos moçambicanos e reiterou o desejo de que o legado do Papa Francisco continue a ser fonte de inspiração. “Que a fé e a esperança tragam consolo aos corações enlutados, e que a paz e a misericórdia de Deus estejam com todos”, concluiu.
A morte do Papa Francisco representa o fim de um pontificado que, desde 2013, se destacou por uma postura de proximidade com os mais vulneráveis, uma liderança espiritual voltada para os desafios contemporâneos e um apelo constante à compaixão e ao entendimento entre os povos. O seu desaparecimento físico deixa um vazio no seio da Igreja Católica, mas o seu exemplo continua vivo na memória colectiva da humanidade.
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