Maputo – A nova direcção-geral das Alfândegas quer colocar o Terminal Internacional de Mercadorias da CLM (Corredor Logístico de Maputo) no centro da sua acção. A garantia foi deixada esta quarta-feira (16) pelo recém-nomeado Director-Geral das Alfândegas, Osvaldo Correia, durante a sua primeira visita institucional desde que assumiu funções.
A visita acontece poucos dias depois da passagem do ministro dos Transportes e Comunicações, João Matlombe, pelo mesmo terminal, num sinal claro de que a infraestrutura está a ganhar peso político no desenho das estratégias logísticas e aduaneiras do Estado.
“Antes mesmo de visitar as fronteiras, fizemos questão de vir aqui. Isso demonstra a prioridade que o tema CLM representa para as Alfândegas”, afirmou Correia, visivelmente impressionado com o nível de organização e operacionalização do terminal.
Acompanhado de assessores e técnicos seniores, o dirigente percorreu os armazéns, o sector dos despachantes aduaneiros e a repartição alfandegária instalada nas instalações da CLM, em Marracuene, província de Maputo. Foi também recebido pelo presidente do Conselho Directivo da CLM, Clávio Macuácua, que aproveitou a ocasião para apresentar um ambicioso plano de expansão.
A CLM anunciou a ampliação da área logística em mais 20 mil metros quadrados, com obras previstas para arrancar no último trimestre deste ano. O projecto implica um investimento na ordem dos 20 milhões de dólares norte-americanos, que se somam aos cerca de 45 milhões já aplicados na infraestrutura inicial.
Um terminal que fala alto
Estabelecida como uma plataforma logística integrada e multimodal, a CLM é hoje uma peça-chave na cadeia de importação, exportação, trânsito e cabotagem em Moçambique. Em parceria com a multinacional Agility, a infraestrutura abriga vários serviços públicos – desde a Autoridade Tributária à Polícia da República de Moçambique (PRM), passando pelos ministérios da Agricultura, Saúde, Ambiente e outros sectores relevantes.
A inclusão de sistemas modernos de gestão de carga e a oferta de serviços como open yard, truck stop e parques armazenísticos reforça o posicionamento da CLM como um dos mais avançados terminais logísticos do país. No entanto, a sua integração plena nas estratégias públicas de facilitação do comércio dependerá da articulação efectiva entre os sectores aduaneiro, fiscal e de transporte – desafio agora assumido pela nova liderança das Alfândegas.
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