Muito obrigado, munícipes da Cidade de Quelimane!
Apesar da distância, senti o calor da vossa marcha! Ouvi cada uma das vossas vozes — roucas de tanto gritar, mas firmes: Chega! Chega! Chega!
Chega de pobreza absoluta, quando eles vivem em mansões, andam em carros de luxo, comem e bebem do melhor!
Chega da péssima educação para os nossos filhos, quando os filhos deles estudam na Suazilândia, África do Sul, Portugal e Brasil!
Chega das mortes dos nossos entes queridos nos hospitais públicos, enquanto os filhos deles são atendidos em clínicas privadas que montaram até dentro dos próprios hospitais públicos — e no exterior!
Chega da falta de transportes! Enquanto nós andamos a pé e em chapas, eles circulam em viaturas 4×4 e Mercedes pagos com os nossos impostos. Enquanto nós viajamos a pé, de bicicleta ou em carros de caixa aberta, como cabritos, eles desfrutam de luxo e conforto.
Ouvi o vosso grito! E não vamos parar enquanto o regime não confessar os seus pecados e se redimir ao verdadeiro dono do poder: nós, o povo!
Quero agradecer aos meus irmãos de luta, Venâncio Mondlane e Dinis, por terem vindo à capital da democracia e marchado connosco!
Esperava — e ainda espero — a presença do mano Forquilha, do tio Lutero, do Samolaô Muchanga, do Quivela, do Mabote, do Ossufo Momade… para, partindo de Quelimane, lançarmos a verdadeira chama da unidade: aquela que vai incendiar os resquícios de 50 anos de comunismo em Moçambique! Juntos, somos mais fortes!
Dinoutamaalelani abaalaga…!
Irmãos, caíram-me lágrimas de emoção porque cheguei à conclusão de que os munícipes de Quelimane estão prontos. Não precisam de mim! Se eu partir, ou se me fizerem partir, sabem o que têm de fazer! Vocês não passaram no exame… Vocês dispensaram o exame! Estão graduados!
Poderíamos ter ordenado a destruição dos bens, das casas, dos carros e das sedes da Frelimo. Temos tudo alistado. Em menos de trinta minutos, não haveria uma única sede de pé. Não haveria uma única casa de membro da Frelimo de pé, nem um único carro.
Não nos menosprezem!
Amamos a paz, mas não tememos a violência nem a guerra!
Se nos obrigarem, comerão — e saborearão — o sabor da vossa própria violência!
Mas não foi essa a nossa decisão. Decidimos marchar de forma pacífica, para demonstrar o nosso repúdio à vossa forma de ser e de estar. Não nos menosprezem!
Abaalaga! Elabo edgi djaani? Djeewu! Ontonga baaani? Diiyoooo!
Dinoutamaalelani abaalaga…!
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Em verdade mesmo o povo já não queremos esse tipo de
o melhacao
Parabéns pela união irmãos de Quelimane 💪
Isso é verdade o povo já está cansado de sofrer
Em verdade vos digo, o regime ainda vai comer a pólvora que tem lançado ao pacato cidadão.