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A paciência dos Professores de Quelimane à prova: Até quando esperar pelo pagamento das horas extras?

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Por: José Piletiche

Os professores de Quelimane vivem dias de incerteza e frustração. Depois de o Presidente da República, Daniel Chapo, ter garantido publicamente que o pagamento das horas extras referentes a 2023 seria realizado nos primeiros 100 dias do seu governo e que os valores já estavam disponíveis nas províncias, a realidade mostra um cenário bem diferente. Passadas mais de três semanas, não há sinais concretos do pagamento, e o silêncio das autoridades locais só alimenta especulações e indignação.

O que antes parecia uma promessa firme transformou-se em desilusão. Até agora, nenhum dirigente provincial veio a público esclarecer os motivos desse atraso, deixando os professores sem explicações oficiais. Nos corredores da administração, fala-se que a Direção Provincial de Educação ou alguém com influência dentro do setor instruiu os serviços provinciais de finanças a travar os pagamentos de Quelimane, alegadamente por erros nos cálculos. Se essa informação for verdadeira, significa que a esperança dos professores foi deliberadamente frustrada, colocando em causa a seriedade das promessas feitas.

O impacto desse não pagamento vai além das contas bancárias dos professores. Desmotiva, desorganiza e mina a moral de profissionais que, apesar de tudo, continuam a dar aulas sem greves ou paralisações. Mas até que ponto essa paciência será mantida? Será que a passividade dos professores é interpretada como sinal de fraqueza? O ditado diz que “bebê que não chora, não mama”. Será essa a lição que os educadores de Quelimane estão sendo obrigados a aprender?

A verdade é que, sem pressão, muitos problemas tendem a ser ignorados ou adiados indefinidamente. Se a questão do pagamento das horas extras não for resolvida com urgência, o sistema de ensino pode enfrentar consequências graves. Afinal, como se pode exigir dedicação e zelo de professores que se sentem desvalorizados e enganados?

Mais do que discursos e promessas, os professores de Quelimane precisam de respeito e ação concreta. É hora de as autoridades assumirem a responsabilidade e garantirem que o direito desses profissionais seja cumprido. O tempo da espera sem respostas já passou—agora é o momento de cobrar e agir.


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