Num momento crítico para o futuro de Moçambique no geral, Manuel de Araújo, cabeça-de-lista da RENAMO ao cargo de governador da província da Zambézia, emitiu um comunicado de imprensa apelando à mobilização pacífica da sociedade zambeziana em defesa da verdade eleitoral e da soberania popular. A declaração na nossa redacção , em Quelimane, e dirigida às mais diversas forças sociais, desde lideranças comunitárias e religiosas até à imprensa e ao corpo diplomático.
De Araújo reiterou que a Zambézia, historicamente conhecida como bastião da liberdade e da democracia, voltou a expressar, nas eleições de 9 de outubro, o seu desejo de ver a RENAMO liderar os destinos da província. Conquanto, o político denuncia tentativas de manipulação dos resultados por parte de órgãos eleitorais como a CNE e o STAE, classificando tais acções como um atentado à vontade soberana do povo.
Citando artigos da Constituição da República de Moçambique, Manuel de Araújo sublinhou o direito à reunião e manifestação pacífica, bem como a soberania popular, afirmando que este é um momento importante para que os zambezianos se levantem em defesa da democracia.
“A Zambézia escolheu. Sempre escolheu. E não nos curvaremos diante de artifícios destinados a roubar o que nos pertence por direito. Esta luta é de todos nós, pela Zambézia, por Moçambique, pela liberdade”, enfatizou.
O comunicado apela à união de todos os sectores da sociedade, incluindo organizações religiosas, cívicas, académicas e internacionais, para pressionar pela reposição da verdade eleitoral. A RENAMO exorta ainda as Forças de Defesa e Segurança a cumprirem o seu papel constitucional como protetoras do povo, e não como instrumentos de repressão.
Apesar do tom assertivo, Manuel de Araújo sublinhou que todas as acções a serem desenvolvidas pela RENAMO e pelos seus apoiantes respeitarão estritamente a Constituição e a legalidade. “Não nos levantamos contra a lei, mas sim em sua defesa. Reafirmamos que todos os nossos actos respeitarão escrupulosamente o que a Constituição determina, pois é na legalidade que a nossa força reside”, afirmou o edil de Quelimane.