Moçambique vai a votos gerais – presidência, legislativas, Governadores e Assembleias Provinciais – a 9 de Outubro, o que pode e deve constituir uma oportunidade para a mudança esperada, já vai para alguns anos.
Correr – é o termo – com uma turma de gente, militantes e governantes da malha da Frelimo, o partido do poder, tem de ser uma prioridade, de todos que se batem, em oposição, pelo presente e pelo futuro do País. Os que se apresentam a sufrágio, os que não pertencem ao “establissement”, lavados de cara e de mãos, com sentido de missão de servir o Estado, não podem fraquejar. Têm de saber refundar a Nação.
Os governantes da Frelimo e todos os seus correligionários que se enfronharam na malga das Instituições do Estado, durante este quase meio século de presença nos esquemas e aparelhos públicos, destruíram todos os elos de produção, de serviço e de missão.
Apoderaram-se da máquina do Estado em proveito próprio. Derreteram Moçambique, economicamente, além de socialmente e, também, em produção. Desmantelaram o sector primário, com toda a vitalidade que vinha de trás. Sem saudosismo o afirmo.
Mais sério e grave: deixaram instalar-se, na sociedade moçambicana, a corrupção, em todos os lados, e em todo o tecido público e não só.
Lavar, para transformar o que existe, exige uma barrela com lixívia e, ainda, mudanças profundas de mentalidades.
A juventude moçambicana está farta da Frelimo. A juventude pode ser o mote da e para a viragem. A juventude percebe que lhe falta tudo: uma instrução sólida e estruturada; saúde com boa prestação; emprego digno; custo de vida com valores ajustados aos baixos salários; e aposta numa varredura dos milhares de corruptos que são a chaga da pobreza e da miséria, de mais de 80% da população de Moçambique, na ordem dos 33 milhões.
O tempo é de esperança. Lanço um desafio aos moçambicanos: aproveitem e votem para mudarem o vosso caminho, o de um País, onde seja bonito estar e se viva em felicidade. Está nas vossas mãos. Força e coragem. Deixem os medos no baú dos passados. Com Moçambique no coração vos saúdo…

António Barreiros

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