Por Rodrigues Luís, em Nairobi

Líderes Africanos solicitaram aos gestores do grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para os representar em matéria de monetarização internacional e outras áreas económicas e sociais.

O pedido foi formulado, durante a cerimónia de abertura da 59ª reunião do BAD, que decorre em Nairobi, capital queniana.

Os presidentes de Quênia, Ruanda, Zimbábue, Somália, Congo, e representação de Moçambique, entre outros países, disseram que pela transparência e a forma que o banco tem conduzido o desenvolvimento social do povo Africano, é tempo de os gestores do banco assumirem que são padrinhos do continente na matéria de desenvolvimento.

O presidente de Quênia, William Samuel Ruto, chegou mesmo a comparar os ideais do BAD com as dos fundadores da União Africana.

“O BAD encarnou a ideologia Pan Africana na luta pela prosperidade e unidade”, disse William Ruto, tendo lançado um apelo no sentido de seus gestores trabalharem no sentido de continuar a lutar para o bem do continente Africano.

Ruto teceu elogios ao actual presidente do BAD, Akinwumi Adesina, apontando-o como uma figura que está determinada a fazer todos os países deste continente unidos e com ideias inovativas.

Representando o presidente moçambicano, Filipe Nyusi, o ministro de Transportes e Comunicações, Mateus Magala, afirmou que o BAD já se mostra na vanguarda na inclusão e na promoção de desenvolvimento continental. Magala referiu que Moçambique tem estado a beneficiar da inclusão, razão que comunga com os líderes Africanos que endossam confiança naquela instituição financeira na qual foi quadro sénior, tendo exercido a função de vice-presidente, até a sua requisição para regressar a Moçambique para exercer actividades governamentais.

Já o presidente zimbabweano, Emmerson Mnangagwa, disse que o BAD joga um papel preponderante na vida dos Africanos. “É por isso deve continuar a nos apadrinhar em todas acções. Nós confiamos nos seus gestores desde a sua fundação há 60 anos”, justificou Mnangagwa.

Mnangagwa falou também da necessidade de voltar-se a fazer-se uma inclusão linguística, adoptar-se a língua kiswahili para unificar os Africanos, pois uma das grandes barreiras que se assistem África são as línguas.

Por seu turno, o presidente da República do Congo, Denis Sassou Nguesso, disse: “a pujança financeira e o respeito que os Africanos tem para com o BAD, é justo que nos represente para que a unidade entre irmãos sejam uma realidade”, disse o veterano na governação em África.

O presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, entrou a elogiar o Banco Africano de Desenvolvimento, afirmando que quando todos estavam a decidir dar costas ao seu país, a instituição apostou no seu país, estando neste momento a assistir-se mudanças significativas para a vida do povo, daí que o BAD, segundo ele, é o padrinho do seu povo para todo o continente.

O presidente ruandês, Paul Kagame, que também perfilou no diálogo de alto nível disse que para uma unidade efectiva, os interesses que é a bandeira das instituições financeiras, deve ser colocado do lado. Para Kagame, o pragmatismo é necessário e com urgência. É preciso que todos se unam para única realidade, que é o desenvolvimento.

Os elogios e a deposição de confiança ao sexagenário banco, foi apresentado pelos representantes dos presidentes de Burundi, Mali, Uganda, Malawi, Tanzânia, Lesoto, África do Sul, e muitos outros países.

 

BAD esteve sempre ao lado de Moçambique

O antigo presidente de Moçambique, Joaquim Alberto Chissano, disse ontem durante o diálogo de alto nível que o Banco Africano de Desenvolvimento, sempre apoiou as iniciativas de desenvolvimento do seu país. Falando perante uma plateia de mais de três mil pessoas, Chissano destacou a liderança daquela instituição financeira desde os primórdios como sendo de alto sentido de cidadania e com espírito pan Africano.

Antes de elogiar o presidente do BAD, Akinwumi Adesina, que o chamou de irmão mais novo, Chissano disse que aquela instituição teve bons dirigentes, que souberam acolher Moçambique nos tempos difíceis.

“Moçambique é membro do BAD desde 1977. Tivemos momentos maus, como a guerra civil, mas o BAD nunca nos abandonou. Agora estamos a celebrar 60 anos e estamos juntos na construção

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