O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a intensificar a sua ofensiva contra o crime na capital do país, desta vez com uma medida extrema: exigir a pena de morte para todos os casos de homicídio. O anúncio foi feito na terça-feira, durante uma reunião na Casa Branca, e reacendeu um debate já aceso sobre os limites da ação executiva e a eficácia das políticas de segurança.
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“Vamos pedir a pena de morte. É uma prevenção muito forte”, afirmou Trump, reiterando o tom duro que tem marcado a sua abordagem à criminalidade. A medida, no entanto, esbarra nas leis locais: a maior parte dos homicídios em Washington é julgada pelo Tribunal Superior do Distrito, onde a sentença máxima é a prisão perpétua. Só em casos levados ao tribunal federal é que a pena capital pode ser aplicada.
Especialistas em justiça criminal alertam que não há evidências robustas de que a pena de morte funcione como fator de dissuasão do crime. Dados do Centro de Informação sobre a Pena de Morte indicam que sua aplicação não demonstrou impacto significativo na redução de homicídios.
A ação de Trump acontece num contexto de forte militarização da segurança na capital. No início deste mês, centenas de soldados foram enviados a Washington e, recentemente, algumas unidades da Guarda Nacional começaram a patrulhar a cidade armadas. Há ainda a possibilidade de expandir o destacamento para outras cidades governadas por democratas, como Baltimore, Chicago e Nova Iorque.
A estratégia provocou críticas imediatas de opositores e líderes locais. Em resposta, Trump rejeitou as acusações de autoritarismo. “A frase é que sou um ditador, mas acabo com o crime. Por isso, muita gente diz que, se é esse o caso, preferia ter um ditador. Mas eu não sou um ditador. Só sei como acabar com o crime”, disse o presidente, reforçando a sua narrativa de ação direta e implacável.
Enquanto Trump aposta na dureza, a sociedade americana se vê dividida entre apoio a medidas severas de segurança e preocupação com os limites constitucionais e éticos de um poder executivo que se move em territórios pouco explorados pela lei.
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