A Universidade Licungo (UniLicungo) deu início, no dia 22 de agosto, a um amplo processo de reforma curricular, com o objetivo de modernizar os cursos e adequá-los às exigências atuais do mercado de trabalho. A cerimónia de lançamento decorreu em simultâneo nas cidades de Quelimane e Beira, sob orientação do Magnífico Reitor Boaventura Aleixo, que salientou a importância da atualização pedagógica para o desenvolvimento do país.
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O plano de reforma prevê uma revisão profunda dos conteúdos, metodologias de ensino e mecanismos de avaliação, integrando também uma auscultação alargada a diferentes atores: autoridades reguladoras, ordens profissionais, docentes, estudantes e parceiros sociais. A coordenação dos trabalhos será conduzida pela Professora Doutora Paula Bambo, Diretora Académica da UniLicungo, que lidera a comissão responsável por propor um modelo curricular adaptado às realidades locais e globais.
Segundo a direção da instituição, o processo, com uma duração prevista de dois anos, deverá resultar em programas académicos mais flexíveis e orientados para a empregabilidade, reforçando a capacidade da universidade de formar quadros capazes de responder aos desafios estruturais do país.
Desafios estruturais do setor em Moçambique
O lançamento desta reforma ocorre num contexto em que o ensino superior moçambicano enfrenta constrangimentos persistentes. Entre eles destacam-se:
Desfasamento entre a formação académica e as necessidades do mercado de trabalho, frequentemente apontado como um dos principais entraves à empregabilidade dos graduados; insuficiência de infraestruturas e recursos tecnológicos, que limita a implementação de métodos de ensino inovadores e digitais; escassez de docentes altamente qualificados, sobretudo em áreas técnicas e científicas estratégicas; e baixos índices de investigação aplicada, dificultando a transformação do conhecimento em soluções práticas para os desafios económicos e sociais do país.
Neste quadro, a reforma curricular da UniLicungo é vista como uma oportunidade para reposicionar a universidade como centro de excelência, capaz de contribuir para a formação de profissionais alinhados às prioridades nacionais, incluindo a industrialização, a digitalização e a diversificação económica.
Durante a cerimónia, o Reitor apelou à mobilização coletiva para o sucesso do processo, sublinhando que “quem quer ir longe vai acompanhado”, numa referência à importância da colaboração entre todos os intervenientes.
Com esta iniciativa, a UniLicungo pretende não apenas atualizar os seus planos de ensino, mas também influenciar positivamente a dinâmica do ensino superior em Moçambique, num setor que carece de reformas estruturais profundas para responder à crescente pressão social e económica.
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