O Governo de Moçambique lançou esta segunda-feira, em Ricatla, distrito de Marracuene, o Fundo de Garantia Mutuária, uma linha avaliada em 40 milhões de dólares, destinada a mitigar um dos maiores entraves enfrentados pelos pequenos e médios empresários nacionais: a falta de garantias reais para aceder ao crédito bancário.
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A iniciativa, apresentada pela ministra da Economia e Finanças, Carla Louveira, deverá beneficiar mais de 15 mil micro, pequenas e médias empresas (MPME) nos próximos cinco anos. Para tal, foram seleccionados vários bancos comerciais, entre os quais o Absa Bank Moçambique, que se posiciona como um dos principais operadores deste mecanismo.
O lançamento do fundo ocorreu durante as celebrações do Dia do Exportador e da abertura da 60.ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM 2025), num acto dirigido pelo Presidente da República, Daniel Chapo.
Para o Absa, a entrada neste programa representa mais do que uma oportunidade de negócio: é um gesto político e económico. “A participação do Absa neste fundo reforça o nosso compromisso em apoiar o empreendedorismo, a inovação e a inclusão, e impulsionar a economia moçambicana. Este mecanismo será transformador para milhares de pequenas empresas que enfrentavam barreiras no acesso ao crédito”, sublinhou Alberto Pitoro, Director de Risco do banco.
O Fundo de Garantia Mutuária substitui as garantias tradicionais — imóveis, viaturas ou activos de difícil mobilização — por uma cobertura partilhada de risco, permitindo às instituições financeiras conceder crédito a quem antes estava excluído.
Especialistas defendem que a medida poderá ser um divisor de águas para o sector privado moçambicano, historicamente limitado pelo peso das garantias bancárias e pelo conservadorismo do sistema financeiro. Porém, o sucesso dependerá da transparência na gestão do fundo e da real capacidade dos bancos em canalizar o crédito para projectos produtivos, e não apenas para reforço de capital de giro.
O Absa Bank Moçambique assume, assim, um papel de parceiro estratégico no desenho de uma nova arquitectura de financiamento empresarial, num país onde mais de 90% das empresas são de pequena dimensão e enfrentam dificuldades crónicas de acesso ao crédito.
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