Os Estados Unidos da América voltaram a ensaiar o jogo do espelho com a Ucrânia. Segundo fonte diplomática citada pela AFP, a Casa Branca pôs sobre a mesa um pacote de garantias de segurança que se assemelha ao que gozam os membros da NATO, embora sem o selo formal da adesão.
Receba notícias e alertas em primeira mão diretamente no seu telemóvel.
👉 Seguir Canal no WhatsApp
É a velha arte da promessa sem compromisso: o suficiente para manter Kiev alinhada, mas não bastante para lhe abrir as portas da Aliança Atlântica. A proposta chega num momento em que a guerra se arrasta sem horizonte de cessar-fogo, e quando o Presidente Zelensky multiplica apelos por uma integração plena, consciente de que só o Artigo 5.º da NATO poderia travar, com peso de lei, a voracidade militar russa.
Washington oferece, assim, um “quase-NATO”, feito de palavras e protocolos, mas sem a blindagem política que transforma ataques em agressões coletivas. Para Kiev, trata-se de mais um capítulo da diplomacia do quase: quase na União Europeia, quase na NATO, quase protegida, quase soberana.
No fundo, os Estados Unidos tentam equilibrar-se na corda bamba entre dois medos: dar demasiado à Ucrânia e provocar Moscovo, ou dar de menos e perder o peão mais precioso no tabuleiro da Europa de Leste.
Discover more from Jornal Txopela
Subscribe to get the latest posts sent to your email.
📢 Anuncie no Jornal Txopela!
Chegue mais longe com a sua marca.
Temos espaços disponíveis para publicidade no nosso site.
Alcance milhares de leitores em Moçambique e no mundo.
Saiba mais e reserve já