PSG e Tottenham em duelo pela Supertaça da UEFA

Udine, Itália — O Stadio Friuli será, hoje, o epicentro do futebol europeu, acolhendo a 50ª edição da Supertaça da UEFA, confronto que opõe Paris Saint-Germain e Tottenham Hotspur. De um lado, o campeão europeu da época passada; do outro, o vencedor da Liga Europa. Mais do que um troféu, está em disputa um pedaço de história — nenhum dos dois clubes conquistou até hoje este título.

Para o PSG, sob comando de Luis Enrique, a vitória significaria completar um tríplice coroamento inédito, depois de uma temporada avassaladora que incluiu o título da Ligue 1, a Taça de França e a conquista da Liga dos Campeões, onde goleou a Inter de Milão por 5-0, estabelecendo um recorde de maior diferença numa final. Com talentos como Ousmane Dembélé, Achraf Hakimi, Désiré Doué e Senny Mayulu, os parisienses surgem como favoritos destacados nas casas de apostas — com 86% de probabilidade de triunfo.

O Tottenham chega a Udine com outro tipo de narrativa: a de renascimento. Sob orientação do novo técnico Thomas Frank, os londrinos conquistaram a Liga Europa ao bater o Manchester United por 1-0, com golo de Brennan Johnson, encerrando 41 anos de jejum europeu e 17 sem qualquer título. No entanto, a equipa enfrenta baixas importantes: James Maddison está fora por lesão grave e há dúvidas sobre a participação de Kulusevski, Udogie, Dragusin e Solanke.

Se, no lado parisiense, a curta pré-temporada pode levantar interrogações quanto ao ritmo competitivo, a profundidade do plantel e a qualidade técnica são trunfos evidentes. Já o Tottenham aposta numa postura agressiva e ofensiva, ainda que a solidez defensiva de Cristian Romero e o impacto recente de Mohammed Kudus possam ser determinantes.

Com o favoritismo amplamente do lado do PSG, muitos analistas antecipam um desfecho confortável — alguns arriscam um 3-0. Mas o futebol, especialmente em noites europeias, é pródigo em contrariar previsões, e a ambição dos Spurs de quebrar um longo ciclo sem troféus poderá transformar a final num duelo de nervos, talvez decidido nos penáltis.