Maxixe – O Presidente da República, Daniel Chapo, defendeu esta terça-feira, na cidade da Maxixe, uma governação mais próxima do sector privado, como pilar central para a recuperação económica da província de Inhambane, duramente atingida pelos efeitos das manifestações que se seguiram às eleições de 2024.
Durante um encontro com empresários locais, o Chefe de Estado reconheceu o impacto negativo dos actos violentos e destacou a necessidade de uma acção conjunta para revitalizar o tecido económico regional. “Vocês é que fazem o dia-a-dia. Quem faz o dia-a-dia é que sente na pele o que está a acontecer”, afirmou Chapo, sublinhando o papel do empresariado na reconstrução do ambiente económico.
O estadista revelou que o Governo está a manter encontros com diversos segmentos sociais para compreender melhor a magnitude dos estragos provocados pelos tumultos pós-eleitorais. “Estamos a conversar com vários estratos sociais para nos apercebermos, depois deste período das eleições e da nossa tomada de posse no meio das alegadas manifestações, criminosas, violentas e ilegais, como é que realmente está a nossa província, porque afectaram bastante a nossa economia”, observou.
Como resposta, o Executivo promete a criação de fundos de financiamento com o objectivo de injectar capital no mercado. A medida visa dinamizar a actividade empresarial e repor a confiança do sector privado. “Estamos a tentar criar vários fundos para injectar capital no mercado e podermos recuperar a nossa economia”, garantiu o Presidente, acrescentando que o sucesso dessa estratégia depende do envolvimento directo dos empresários.
O encontro foi também um momento de escuta activa. Os representantes do sector privado partilharam preocupações sobre obstáculos estruturais, como a morosidade na emissão de vistos de trabalho e de negócios, o difícil acesso ao financiamento, a opacidade nos concursos públicos, e as elevadas taxas aplicadas na troca de matrículas para viaturas importadas.
Chapo não fugiu ao debate. Reconheceu, por exemplo, que a burocracia nos serviços de migração representa um entrave, sobretudo num país que precisa de atrair investimento. “É realmente uma preocupação”, disse, prometendo reformas no sistema de vistos e reiterando que o emprego é a base do desenvolvimento.
Um compromisso com a proximidade
O Presidente reafirmou a sua promessa de uma governação próxima e participativa, conforme anunciado na sua tomada de posse. “Estamos aqui para cumprir com aquilo que prometemos. Esta visita visa criar espaço para um diálogo aberto com os empresários”, disse.
Destacando o papel do sector privado na criação de empregos e na sustentação das finanças públicas, Chapo afirmou que os empresários são parceiros cruciais na provisão de serviços como energia, estradas, escolas e saúde. “Vocês é que criam empregos, que pagam impostos e fazem o país avançar”, sublinhou.
O Presidente da República considerou o empoderamento económico uma das maiores prioridades do seu mandato, assegurando que todas as preocupações ouvidas serão levadas em conta. “Contem com todo o nosso apoio”, concluiu, deixando a promessa de que o seu Governo continuará a trabalhar para melhorar o ambiente de negócios em Moçambique.
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