Realizou-se na quarta-feira, 23 de Abril, no Hospital Central de Quelimane (HCQ), um encontro entre representantes da Ordem dos Enfermeiros de Moçambique (OEMO) na Zambézia e profissionais de enfermagem daquela unidade hospitalar, numa tentativa de debater temas estruturantes que há muito geram tensão dentro da classe.
A reunião, que decorreu após o fracasso de uma tentativa anterior que não chegou a consensos, ficou marcada por duras críticas dirigidas à OEMO. No centro das inquietações esteve a legalidade da própria Ordem e a obrigatoriedade da inscrição, exigida mesmo para profissionais que manifestam reservas quanto ao funcionamento e utilidade da organização.
Durante os debates, vários enfermeiros expressaram descontentamento com a cobrança de quotas, incluindo valores retroactivos, sem que haja, segundo os mesmos, uma contrapartida clara em termos de defesa dos seus interesses, sobretudo em contextos críticos como greves, suspensões ou processos disciplinares.
Alguns participantes defenderam que os fundos canalizados à OEMO seriam melhor aplicados na APSUM – uma associação alternativa, não estatutária, que, segundo os proponentes, tem dado provas de maior compromisso com os direitos laborais e dignidade profissional dos enfermeiros.
Em resposta, a equipa da OEMO na Zambézia comprometeu-se a encaminhar as preocupações às instâncias superiores da organização, garantindo que os questionamentos apresentados serão considerados nas futuras tomadas de decisão.
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