O Presidente da República, Daniel Chapo, participou esta sexta-feira (25) nas exéquias do Papa Francisco, realizadas na imponente Praça de São Pedro, no Vaticano, em Roma. Em declarações à imprensa, o Chefe de Estado enalteceu o legado do Sumo Pontífice, destacando a sua amizade com Moçambique e a sua mensagem universal de paz, reconciliação e amor ao próximo.
“Ao ser amigo de Moçambique, não podíamos deixar de estar presentes para prestar esta última homenagem”, afirmou Chapo, ladeado pela Primeira-Dama, Gueta Selemane Chapo, e pelo Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Mateus Saize, que integraram a delegação moçambicana.
O estadista moçambicano evocou a visita histórica do Papa a Maputo, em Setembro de 2019, num momento delicado da reconstrução nacional após ciclos de conflitos políticos e desastres naturais. “Francisco trouxe uma palavra de esperança, de paz e de reconciliação que ainda hoje ressoa entre nós”, sublinhou.
A cerimónia fúnebre teve início às 10 horas locais, com a Missa das Exéquias presidida pelo decano do Colégio Cardinalício, seguindo-se o sepultamento no átrio da Basílica de Santa Maria Maior — um gesto simbólico para aquele que procurou sempre uma Igreja de portas abertas e próxima dos pobres.
A morte de Francisco, aos 88 anos, na Casa Santa Marta — onde optou por viver em simplicidade desde o início do seu pontificado — encerra uma era marcada pelo apelo incessante à misericórdia, ao diálogo inter-religioso e à justiça social. Num tempo de fragmentações, Francisco tentou ser uma âncora ética, não apenas para católicos, mas para toda a humanidade.
“O Papa transcendeu a sua condição de líder católico; foi um verdadeiro embaixador do entendimento entre religiões, um artesão da convivência e da fraternidade mundial”, disse Daniel Chapo, apelando a que o seu exemplo inspire a construção de “um mundo mais justo, solidário e reconciliado.”
Com a sua partida, inicia-se o tradicional Novendiali — nove dias de luto e oração — enquanto a Igreja Católica, e o mundo, refletem sobre o testemunho de um Papa que fez da misericórdia e da compaixão o centro do seu ministério.
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