Numa era de crescente digitalização e sofisticação tecnológica, o Moza Banco defende que a Inteligência Artificial (IA) pode e deve desempenhar um papel central na protecção do sistema financeiro nacional contra fraudes e outras ameaças cibernéticas.
O posicionamento foi apresentado por Mauro Litsure, técnico do Gabinete de Inovação e Transformação do Moza Banco, durante a sexta edição da Semana das Fintech, realizada recentemente em Maputo. O evento juntou especialistas, académicos e representantes do sector financeiro para debater o futuro da banca num contexto de disrupção digital.
De acordo com Litsure, a IA tem potencial para analisar, em tempo real, milhares de transacções, identificando padrões de comportamento suspeitos e bloqueando operações fraudulentas quase instantaneamente. “Estamos a falar de uma tecnologia que pode detectar acessos incomuns, compras fora do padrão habitual e, com isso, proteger o cliente e a própria instituição”, explicou.
O especialista considera ainda que, para além da segurança, a IA representa uma oportunidade estratégica para personalizar produtos e serviços, ajustando-os às necessidades específicas de cada cliente.
Durante o seu painel, Litsure abordou igualmente questões como a interoperabilidade entre sistemas, pagamentos digitais, plataformas omnichannel e a transição para o modelo de Open Banking, conceito ainda incipiente em Moçambique, mas com potencial para democratizar o acesso a serviços financeiros.
“O país ainda depende fortemente do dinheiro físico. Os serviços digitais precisam, primeiro, de mostrar valor sem impor barreiras ao utilizador. Só assim poderão criar confiança e adesão”, alertou o técnico.
Por seu turno, o Presidente da Comissão Executiva do Moza Banco, Manuel Soares, sublinhou que os debates sobre inovação e transformação digital são particularmente oportunos num período em que tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial, começam a reconfigurar a actuação do sector financeiro.
“A IA já não é apenas um conceito de futuro. Está a moldar o presente da banca, e quem não acompanhar esta transição arrisca-se a ficar para trás”, afirmou Soares.
A aposta na IA insere-se na estratégia de modernização do Moza Banco, que, segundo a instituição, tem procurado reforçar mecanismos de operabilidade e melhorar a experiência dos clientes. Com uma estrutura accionista maioritariamente nacional, o banco posiciona-se como um actor comprometido com o desenvolvimento económico do país e com o fortalecimento da ligação entre o sistema financeiro e a comunidade local.
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