O Conselho Municipal de Milange, na província da Zambézia, reagiu esta semana à divulgação de um vídeo amplamente partilhado nas redes sociais, em que se observa um cortejo fúnebre com a urna transportada nos ombros por populares, alegadamente por recusa do município em disponibilizar viatura funerária, por motivações políticas.
Num comunicado enviado à nossa redacção, a edilidade vem a público rejeitar as acusações, considerando-as infundadas e motivadas por interesses de instrumentalização política. Segundo a nota, no dia dos factos – quarta-feira, 09 de Abril – foram registados três pedidos formais para o uso da única viatura funerária disponível no município, tendo todos sido atendidos conforme o programa estabelecido.
No caso específico que gerou polémica, o município explica que o serviço estava programado para as 13 horas, porém, por volta das 12h20, os familiares da falecida terão iniciado o cortejo fúnebre sem aguardar a chegada da viatura, que se encontrava ainda no cemitério, a cumprir uma cerimónia anterior.
Ainda assim, refere o comunicado, os serviços municipais haviam garantido a abertura da cova e preparativos logísticos para o sepultamento, demonstrando, segundo a edilidade, o seu compromisso com todas as famílias, sem qualquer distinção de natureza política ou partidária.
O município considera que houve má fé e uma tentativa deliberada de denegrir a imagem do edil Felisberto Mvua, acusando determinados círculos de promoverem narrativas de intolerância política para ganhos oportunistas.
A acusação de que recusámos transportar a malograda por esta ser opositora do partido Frelimo não tem qualquer fundamento. Lamentamos profundamente a exploração deste momento de dor para fins políticos e condenamos nos termos mais veementes esse tipo de manobras, esclarece fonte daquela administração.
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